Marido não comparece, mas funcionário faz a defesa de Jaqueline no Conselho de Ética

Quebra de decoro – Sem a presença do marido da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), o empresário Manoel Neto, começou há pouco os depoimentos das testemunhas do processo contra a parlamentar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O marido de Jaqueline Roriz avisou na semana passada que não atenderia ao convite formulado pelo presidente do órgão, deputado José Carlos Araújo (PDT-BA), o que não contraria a legislação vigente, pois o Conselho não tem poder de convocar testemunhas.

Na semana passada, a Corregedoria da Câmara concluiu que a deputada, que foi filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, operador do “Mensalão do Democratas”, quebrou o decoro parlamentar. O relatório também conclui que não foi correto a deputada federal utilizar dinheiro da representação do gabinete para pagar o aluguel de uma sala comercial pertencente ao marido.

Na tarde desta quarta-feira (11), no entanto, um funcionário de Jaqueline Roriz, Williams Cavalcante de Oliveira, confirmou a versão da defesa, segundo a qual verba indenizatória da Câmara dos Deputados foi utilizada para pagar o condomínio do escritório político da parlamentar. Oliveira se apresentou como coordenador do escritório, que funcionaria desde janeiro em imóvel de propriedade do marido dela, Manoel Neto, no centro de Brasília. Segundo Oliveira, é um escritório pequeno, que recebe a visita de líderes comunitários e religiosos, base eleitoral de Jaqueline.

A “Agência Câmara” informa que no início do depoimento o funcionário foi questionado pelo advogado de defesa de Jaqueline, Rodrigo Alencar. Ele agora responde a pergunta de deputados. Serão ouvidas ainda mais duas testemunhas de defesa: Leonardo de Moura Soares e Keila Alves Franco.