Jornal francês abusa da manipulação no caso do voo 447 e repete estratégia covarde do Planalto

Papel carbono – O conceituado jornal francês “Le Figaro” tropeçou no furo de reportagem e publicou matéria em que a afirma que a queda do avião da Air France que fazia o voo 447, entre o Rio de Janeiro e Paris, se deu por erro da tripulação. O Escritório de Investigações e Análises da França (BEA em francês), órgão do governo da França encarregado de investigar as causas do acidente e que está de posse das duas caixas-pretas da aeronave, informou que é precipitado fazer qualquer afirmação a respeito do acidente aéreo que matou 228 pessoas em junho de 2009.

A reportagem do “Le Figaro” isenta a Airbus de qualquer responsabilidade no acidente. A matéria jornalística, publicada nesta terça-feira (17), saiu um dia após a Airbus emitir um comunicado oficial em que ratifica a confiabilidade do modelo A330, o mesmo que despencou em pleno voo sobre as águas do Oceano Atlântico.

A tentativa do jornal francês de colocar a culpa na tripulação repete a operação deflagrada pelo Palácio do Planalto por ocasião do trágico acidente com um Airbus da TAM, em 2007, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando morreram 199 pessoas. O mais trágico acidente da história da aviação brasileira se deveu às condições inadequadas do aeroporto paulistano, um dos mais importantes e movimentados do País, segundo revelou ao ucho.info uma graduada autoridade policial que participou das investigações, mas que exigiu sigilo.

Creditar aos pilotos da TAM a culpa pelo acidente em Congonhas foi a forma encontrada por destacados palacianos para que a culpa deixasse de sobrevoar o governo do então presidente Luiz Inácio da Silva.

Quem acompanhou o caso de perto sabe que nos bastidores do poder foi grande a pressão exercida por pessoas próximas a Lula para que a culpa fosse arremessada em outra direção. A operação contou com convocações de última hora para reuniões no Palácio do Planalto, as quais foram marcadas por ameaças torpes e covardes. Até porque, o messianismo de Lula não pemitiria incluir no currículo do petista o assassinato de quase duas centenas de pessoas.