Página virada – Dois anos de discussão, além de algumas semanas de uma queda de braço quase sem fim, o Código Florestal Brasileiro foi aprovado na Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira (24). De autoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que disse não mais suportar “desamarrar e amarrar o feixe e carregá-lo nas costas”, o relatório só foi aprovado depois de a presidente Dilma Rousseff ter autorizado o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a liberar a bancada para voltar favoravelmente ao texto que cria o Código.
Com a aprovação, o texto será enviado ao Senado Federal, onde uma nova sessão de embates e discussões envolvendo governistas, oposicionistas e ambientalistas deve acontecer mais uma vez, para desespero da sociedade, que está entediada com o tema, pois há nos bastidores do poder um sem fim de interesses escusos. No Senado, o relator da matéria será o ex-governador de Santa Catarina e agora senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
A sessão da Câmara que aprovou o novo Código Florestal Brasileiro foi marcada de um lado por protestos de deputados ligados aos ambientalistas, que sem sucesso algum tentaram postergar a votação sob a alegação de que era preciso discutir ainda mais o tema, e de outro por acaloradas manifestações daqueles que defendem o agronegócio.
Neste momento, os deputados estão reunidos em plenário para discutir e votar as emendas ao texto do relator Aldo Rebelo. O Palácio do Planalto é contra a emenda que estende aos governos estaduais a decisão sobre a consolidação das Áreas de Preservação Permanente (APPs).