Obras do PAC somem dos discursos palacianos e a inflação aumenta o custo do trem-bala

Confusão esperada – Apresentada ao eleitorado nacional como a garantia de continuidade das supostas conquistas patrocinadas pelo messiânico Luiz Inácio da Silva, a neopetista Dilma Rousseff continua enfrentando problemas para mostrar a que veio. Dona de personalidade forte e truculenta no trato, Dilma já não sabe o que fazer para debelar o mais temido fantasma da economia, a malfadada inflação, cuja resistência tem assustado muitos especialistas.

Desde que chegou ao poder central, Dilma tem repetido que a inflação será debelada em breve, mas até agora nada conseguiu arrefecer a volúpia dessa patologia econômica que consome o dinheiro do trabalhador. Fora isso, a inflação tem colocado o Estado em situação de perigo, pois obras oficiais começam a exigir mais dinheiro dos cofres públicos, sob pena de os investimentos deixarem de acontecer.

É o caso do trem-bala, que foi anunciado como a solução no setor de transporte para a Copa do Mundo de 2014, mas que corre o risco de não ficar pronto para os Jogos Olímpicos de 2016, que acontecerão no Rio de Janeiro.

Com projeto de ligar as cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, o trem-bala foi orçado inicialmente em R$ 20 bilhões, o custo atual da empreitada, considerando os ajustes e a ação da inflação, está em R$ 25 bilhões. Essa repentina majoração desestimulou alguns interessados no negócio, pois os cronogramas de retorno dos investimentos terão de ser refeitos, correndo-se o risco de a iniciativa privada a desistir do empreendimento.

Muito estranhamente, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, versões I e II, deixaram de rechear os discursos da presidente Dilma Rousseff, assim como os de muitos ministros. Tudo porque o tal do PAC não passou de uma enorme pirotecnia, criada para dar sustentação ao projeto petista de instalar no Brasil uma ditadura civil, nos moldes da que já vilipendia a liberdade dos cidadãos da vizinha Venezuela.