Marta e Eduardo Suplicy se estranham no plenário e Senado é transformado em fundo de quintal

É o fim – Quando um casal com um mínimo de bom senso opta pela separação, o que se espera de ambos é uma relação civilizada, especialmente quando existem filhos. Mas não é exatamente isso que acontece entre os senadores petistas Eduardo Suplicy e Marta Suplicy, de São Paulo, há muito separados.

Como é de conhecimento de todos, Marta Suplicy é uma pessoa destemperada e arrogante, enquanto Eduardo Suplicy é famoso por protagonizar trapalhadas e fazer de seus discursos modorrentos uma arma legislativa a serviço do Palácio do Planalto.

Na quarta-feira (1), enquanto a Câmara dos Deputados entrava em ebulição por conta da convocação do ministro Antonio Palocci Filho, da Casa Civil, que reluta em explicar a misteriosa evolução de seu patrimônio, Eduardo Suplicy subiu à tribuna do Senado Federal para encenar mais um de seus pífios espetáculos. Em sessão presidida pela ex-mulher, Suplicy requereu à senadora uma menção especial a dois filhos do casal – os músicos João e Supla – que nesta semana começaram turnê internacional. “Senhora presidente, vou tratar agora de um assunto pessoal da nossa família. Peço uma menção especial aos nossos filhos, convidados para cantar em 45 cidades dos Estados Unidos”, vociferou o senador paulista.

Sem acreditar no que ouviu, Marta Suplicy não perdeu tempo e com a prepotência que lhe é peculiar rebateu sem atender ao pedido feito pelo ex-marido. “Senhor senador, encerre o seu discurso!”, disse Marta. Naquele momento, Eduardo discursava sobre o “Plano Brasil sem Miséria” e os 70 anos de Bob Dylan.

Os entreveros entre Marta e Eduardo não são novidade alguma, especialmente para os paulistanos, mas o que essa dupla de senadores tenta fazer é transformar a Câmara Alta, que gasta pelo menos R$ 3 bilhões a cada ano, em um fundo de quintal custeado pelo suado dinheiro do contribuinte.

Não é de hoje que muitos parlamentares reclamam do descrédito da classe política junto à população, mas é impossível exigir respeito quando o Congresso Nacional serve para trapaças corriqueiras, conchavos espúrios e bate-boca familiar. Ademais, beira o incompreensível o fato de o mais importante estado brasileiro ser representado em destacada Casa legislativa do País por dupla tão détraqué.