Forca vermelha – Depois da saída de Antonio Palocci Filho da Casa Civil, a presidente Dilma Vana Rousseff já considera a possibilidade de demitir Luiz Sérgio Nóbrega, ministro das Relações Institucionais. Ligado ao ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, o deputado federal licenciado Luiz Sérgio (PT-RJ) é chamado de “garçom do Palácio do Planalto”, pois desde que chegou ao cargo suas atividades se limitam a anotar os pedidos do governo.
Dilma deve reunir-se com Luiz Sérgio para definir a situação do companheiro de legenda, mas a sua demissão, que já era cogitada muito antes da queda de Palocci Filho, é tida como certa. Por conta dessa tendência, os partidos da base aliada começam a se movimentar para abocanhar a vaga, especialmente o PMDB. Entre os parlamentares que cobiçam assumir a articulação política do Palácio do Planalto estão líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza, e o ex-presidente da Casa, Arlindo Chinaglia, ambos do PT de São Paulo.
A situação se agravou durante o calvário de Palocci Filho, pois Luiz Sérgio Nóbrega pouco fez para minimizar os efeitos do escândalo da milionária evolução patrimonial do ex-chefe da Casa Civil. O que reforça a tese de que o ciclone que derrubou Antonio Palocci partiu de dentro do PT. No contraponto, Dilma deve enfrentar alguns dissabores no Congresso Nacional, pois chamar para si a responsabilidade da articulação política está sendo considerado um tiro pela culatra. Principalmente porque Dilma é conhecida por sua diplomacia às avessas.