Caso Palocci cai no esquecimento e oposição busca novos factóides para estocar o Planalto

Esqueceram de mim – Muito estranhamente, caiu no limbo do esquecimento o caso do trotskista Antonio Palocci Filho, cujo patrimônio evolui de maneira milionária e injustificável durante quatro anos (2006-2010), período em que ex-chefe da Casa Civil cumpria mandato de deputado federal, após deixar de maneira vexatória mo Ministério da Fazenda, levando na bagagem a acusação de ter violado o sigilo bancário de Francenildo Costa, o bravo caseiro Nildo.

Quando o escândalo envolvendo Palocci Filho eclodiu na imprensa por meio de reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, os partidos de oposição ao Palácio do Planalto enxergaram no imbróglio a oportunidade de outro para retornar à cena política, após oito anos de inoperância durante a era do messiânico Luiz Inácio da Silva, que mandou para debaixo do tapete inúmeros casos de corrupção e tráfico de influência.

O caso de Antonio Palocci Filho não pode ser abandonado pelos oposicionistas, pois trata-se de um dos grandes escárnios que o PT impinge à política nacional, como se a sociedade fosse obrigada a conviver com transgressões de toda ordem, o que faz com que o cidadão se acostume com a falsa sensação de impunidade e cometa ilegalidades ao bel prazer. A atitude da oposição de abandonar o caso após a queda de Palocci mostra que a gritaria durante o calvário do ex-ministro não passou de artimanha política, o que despeja sobre os parlamentares mais uma lufada de descrédito.

O mesmo ocorreu com o caso da violação do sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do ex-presidenciável tucano José Serra, que em 2010 disputou com a neopetista Dilma Rousseff o direito de ocupar o Palácio do Planalto. Durante a campanha, tucanos e aliados fizeram ruidosas manifestações contra a falcatrua patrocinada pelo governo do PT, mas acabaram abandonando o caso com a derrota de Serra. Ou seja, mais uma vez o eleitorado foi enganado, pois aos adversários de Lula e sua turma interessava apenas explorar o fato de forma eleitoreira.

É preciso lembrar que em ambos os caso, Verônica e Palocci, houve o cometimento de transgressões, as quais devem ser punidas à sombra da lei e de forma exemplar. Do contrário, ficará a sensação de que confiar na classe política é uma colossal insanidade dos cidadãos e ir às urnas é um trabalho forçado da pior espécie.