Bodas de prata – Se você está lendo este artigo, gostaríamos de lhe propor uma brincadeira. Feche os olhos, respire fundo e deixe a imaginação voar… É possível um homem idealizar, desenvolver e esculpir uma obra-prima em apenas 11 segundos? Antes de você responder com uma careta de ceticismo, acrescentaremos mais um componente a essa equação: Diego Armando Maradona.
Há exatamente 25 anos, no dia 22 de junho de 1986, o argentino se valeu desses 11 segundos para deixar o seu nome gravado para sempre na história da Copa do Mundo da FIFA e marcar o que, segundo os usuários do site oficial da competição, foi o gol mais bonito de todas as 19 edições do torneio realizadas até hoje: o segundo da Albiceleste na inesquecível vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra nas quartas de final do México 1986.
“No noticiário policial, fala-se muitas vezes de emoção violenta, e pelo que senti naquele gol acredito saber do que se trata.” A frase pertence a Víctor Hugo Morales, jornalista uruguaio que mora na Argentina há trinta anos e que deixou para a posteridade uma narração histórica daquele gol. Um relato emocionado, entre lágrimas, que até hoje um sem número de torcedores repete de cor.
“Maradona tem a bola, marcado por dois. Pisa na bola Maradona, arranca pela direita o gênio do futebol mundial… Deixa os adversários pra trás e vai tocar para Burruchaga… Sempre Maradona! Gênio! Gênio! Gênio!… tá-tá-tá-tá… Goooool! Me perdoem, quero chorar! Deus santo! Viva o futebol! Golaço! Maradona em uma corrida memorável, na jogada de todos os tempos! Serpente cósmica, de qual planeta você veio?”