Face lenhosa – Luiz Inácio da Silva se preparava para a campanha rumo à reeleição, em 2006, quando, a bordo do seu conhecido messianismo de camelô, disse que a saúde pública no Brasil estava a um passo da perfeição. Uma inverdade deslavada, pois até hoje milhares de brasileiros morrem nas filas dos hospitais à espera de um reles atendimento. Não demorou muito e Lula foi obrigado a reconhecer que seu palavrório de então fora ode à mitomania.
Acostumado a creditar aos adversários políticos o ônus de seus fracassos, o ex-metalúrgico buscou no fim da malfadada CPMF a culpa pelo caos que ainda impera na saúde. E logo depois surgiu o “nunca antes na história deste país”, bordão que Lula da Silva adotou para, de forma chicaneira, provocar aqueles que faziam oposição ao Palácio do Planalto.
Como é de conhecimento de todos, mesmo que parte da sociedade prefira ignorar a verdade, os anunciados feitos de Lula não passaram de pirotecnia de um governo populista que durante oito anos marchou rumou ao totalitarismo.
Durante o período em que ocupou o Palácio do Planalto, o então presidente viu assessores e ministros empenhados em adulações e salamaleques em sua direção. Governador do Rio Grande do Sul, o petista Tarso Fernando Herz Genro, que em março de 2007 assumiu o Ministério da Justiça, acompanhou emudecido as declarações ufanistas de Lula, sem sugerir ao companheiro de legenda qualquer moderação nos discursos.
Atual inquilino do Palácio Piratini, sede do Executivo gaúcho, Tarso Genro assiste calado o espocar de casos de gripe A (H1N1) na terra de chimangos e maragatos. De acordo com informações divulgadas na última semana, o Rio Grande do Sul tem vinte casos confirmados de gripe A, com seis mortes. Uma situação no mínimo inusitada para quem concordou com o status de perfeição conferida à saúde pública nacional.