Executiva nacional do PMDB define estratégias para candidaturas em 2012

Voo próprio – As eleições municipais de 2012 serão os principais temas da reunião da executiva nacional do PMDB. A ideia é antecipar um projeto partidário para daqui a quatro anos, quando o partido pretende ter vôo próprio à Presidência da República. No encontro da próxima quarta-feira (6), convocado pelo vice-presidente da República e presidente licenciado da executiva nacional, Michel Temer, serão delineados os principais pontos que podem estabelecer pré-candidaturas.

A estratégia de buscar um caminho próprio a partir das eleições municipais do próximo ano foi antecipada pela reportagem do ucho.info no início do mês. O próprio presidente em exercício do partido, senador Valdir Raupp (RO), tem incentivado um discurso capaz de mobilizar seu partido para uma candidatura própria à presidência da República.

Para consolidar o projeto, tem percorrido o país para que o PMDB seja cabeça de chapa em todos os municípios. Quando isso não será possível, deverá coligar com o Partido dos Trabalhadores ou com outra agremiação, dependendo das conveniências municipais.

Em vitória, por exemplo, o presidente estadual do PMDB, deputado federal Lelo Coimbra, torce para acabar com o acordo com o PT. Segundo o repórter Marcos Rosetti, da “Agência Congresso”, a pré-candidatura da deputada licenciada, Iriny Lopes (PT), não deixa dúvidas do reposicionamento de ambos partidos com vistas às eleições de 2014.

“O PMDB busca espaço em âmbito regional, visando estar robusto para as eleições de 2014, analisando a perspectiva de um projeto nacional com candidatura própria”, explica Coimbra.

O PMDB tem diversas alianças no Estado com PSB, PT, DEM, PP entre outros. Atualmente, O PMDB detém 22 prefeituras, 15 vice-prefeitos de 78 municípios. Lelo lembra que o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) esteve dia 16/6 no Estado e informou que as candidaturas próprias estariam ganhando força e chegando mais fortalecidas para esta reunião da executiva.

A manobra do PMDB seria uma espécie salvo-conduto para turbulências políticas futuras, segundo informou o ucho.info. Nas coxias peemedebistas todo cuidado é pouco diante de um parceiro suscetível a crises internas e que não deixa espaços para os aliados na administração federal.

PT e PMDB travam uma luta fisiológica pelo controle das repartições públicas e estatais. A movimentação do PMDB foi provocada por sinais do próprio PT. Há uma discussão muito discreta em torno do nome do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.