Depois dos escândalos envolvendo Palocci e Mercadante, PT deve retomar o “fogo amigo”

Chumbo trocado – Dilma Rousseff mal começava respirar depois do imbróglio envolvendo o então ministro Antonio Palocci Filho quando a banda descontente do PT acionou mais uma vez o chamado “fogo amigo”. Em entrevista à revista Veja, o petista Expedito Veloso declarou que o ex-senador e agora ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) comandou o “escândalo dos aloprados”, que culminou com o malfadado “Dossiê Cuiabá”, conjunto de documentos apócrifos contra o tucano José Serra.

Sem convencer os integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado de sua inocÊncia, Mercadante garantiu capítulos extras a uma crise política que não tem fim e vem tirando o sono da presidente Dilma. A próxima etapa do caso dos aloprados poderá colocar no olho do furacão ninguém menos que Ideli Salvatti, escolhida para coordenar a articulação política do Palácio do Planalto. Ideli e Mercadante devem ser chamados à Câmara dos Deputados para explicar o assunto, que já tem rendido dividendos políticos aos partidos de oposição.

Mas engana-se quem pensa que o fogo amigo está perto do fim. Encerrado o caso envolvendo Aloizio Mercadante, uma nova artilharia deve ser acionada. Desta vez, o alvo serão as relações pessoais de algumas estrelas petistas, que integram a cúpula do governo de Dilma Rousseff, com um conhecido lobista que no Planalto Central atua em favor dos donos de estaleiros.

De acordo com o que apurou o ucho.info, um assessor muito próximo de Dilma Rousseff, que por mais de uma vez já apresentou seu pedido de demissão à chefe do governo, deve ser chamuscado pelo maçarico petista. E há quem garanta que isso apenas o começo, uma espécie de amostra grátis. (Foto: Editora Abril)