Recordar é viver – Em 19 de janeiro de 1999, o ex-prefeito de Porto Alegre e atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), pediu a renúncia do então presidente Fernando Henrique Cardoso, não sem antes defender a realização de nova eleição. À época, Genro justificou sua sandice discursiva com teses econômicas. Disse o petista que a reeleição de FHC se deu no vácuo da valorização do Real. Naquela data, a cotação da moeda norte-americana era de R$ 1,558. Em seguida, o governo federal promoveu uma maxidesvalorização do Real em relação ao dólar
Nesta sexta-feira (1), no encerramento dos negócios financeiros, o dólar, em sua quinta queda consecutiva, foi cotado a R$ 1,558. O recuo da moeda ianque, que na semana foi de 2,87%, é explicado pelos especialistas como consequência como resultado do interesse do maior interesse dos investidores por risco no exterior e a expectativa de um aumento mais prolongado das taxas de juro, no primeiro dia do novo cálculo da Ptax (taxa de referência do câmbio), única referência a partir de agora para o fechamento e liquidação de contratos, segundo o Banco Central.
Muito estranhamente, o governador Tarso Genro, que a exemplo de outros companheiros de legenda se vale da oratória galhofeira para estocar os adversários, optou pelo silêncio obsequioso, pois o discurso de então era infundado e fanfarrão. Na homenagem aos 80 anos de Fernando Henrique, realizada pelo Senado na quinta-feira (30), o senador Paulo Paim (PT-RS) leu uma carta em que Tarso Genro rasga elogios ao tucano. Em seguida, a senadora Ana Amélia (PP-RS), fez questão de lembrar que o Tarso Genro que agora elogia FHC é o mesmo que em 1999 pediu a sua renúncia. Em outras palavras, petistas são incoerentes e têm memória absolutamente curta.
Sem que as autoridades econômicas tomem qualquer medida para salvar a indústria nacional, que não consegue exportar os produtos verde-louros por causa da falta de competitividade no mercado internacional, o Brasil continua na condição de paraíso para os produtos China, que na opinião do messiânico Luiz Inácio da Silva é uma “economia de mercado”. Como disse certa vez um sempre ébrio filósofo de botequim, “nunca antes na história deste país”…