Major e coronel – Uma operação conjunta batizada de “Batalhão Mall”, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (4) pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Militar, prendeu Policiais Militares e empresários acusados de corrupção nas cidades de Açu, Pendências, Paraú e Mossoró, além da capital Natal, segundo informa a assessoria de imprensa do Ministério Público no Rio Grande do Norte.
De acordo com o Ministério Público, R$ 3 mil é o valor que foi pago mensalmente aos policiais militares pelos donos de postos de gasolina que foram detidos nesta segunda-feira (4), durante a operação Batalhão Mall. O valor supostamente era dividido entre os soldados que cumpriam o serviço ilegal de vigilância, que recebiam R$ 300, de e os comandantes da operação, que faturavam R$ 600.
Mais de 80 homens e 11 promotores de Justiça envolvidos na Operação deram cumprimento a 15 mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça contra 12 Policiais Militares. Entre os detidos estão o comandante do 10º BPM, coronel Arcanjo e o ex-sub comandante do 10º BPM, major Alberto Gomes, além de empresários do ramo de posto de combustível Rodolfo Fagundes e Erinaldo, vulgo Bebé; e do sócio da rede Nossa Agência, Pedro Gonçalves.
A Operação “Batalhão Mall” teve o objetivo de desarticular organização criminosa responsável pelo cometimento reiterado de crimes de corrupção ativa, passiva e peculato contra a Administração Pública Militar, através de negociatas com pontos bases de viaturas e vendas do serviço policial, especificamente: vendas de escolta de transporte de valores e de vigilância 24 horas, tudo com o uso de viaturas, estrutura da Polícia Militar e Policiais em serviço, e também mediante apropriação de combustível extraído ilicitamente de viatura.
O esquema investigado funcionava com policiais do 10º Batalhão da Polícia Militar, baseado em Assu. A Operação foi deflagrada simultaneamente com cumprimento de mandados em Natal, Assu, Pendências, Paraú e Mossoró. As prisões e buscas foram decretadas pela Auditoria Militar do Estado e pela Vara Criminal de Assu. Com informações da agência “Política Real” e jornal “Tribuna do Norte”.