Uruguai em segundo – Eles têm entre 16 e 17 anos, é verdade, mas a data de 10 de julho de 2011 será lembrada para sempre como o dia em que eles viraram gente grande. Os jogadores da seleção sub-17 do México conquistaram o que nenhum outro anfitrião na história do Mundial da categoria havia conseguido: o título. Além disso, realizaram a façanha com 100% de aproveitamento, somando sete vitórias no mesmo número de jogos. E tudo isso diante de cem mil pessoas, em um estádio com a tradição do Azteca.
“Sim, fizemos história”, disse ao “Fifa.com” Jorge Eséricueta, que não largava de jeito nenhum a Bola de Prata adidas, troféu que obteve ao ser eleito o segundo melhor jogador do torneio. “Não só no futebol do México, mas no de todo o mundo. Sermos os primeiros a vencer a competição como anfitriões e ainda por cima ganhando todos os jogos nos enche de orgulho”, acrescentou o camisa 7 minutos depois do 2 a 0 sobre o Uruguai.
O fato de que tudo tenha culminado no Azteca, onde até então nenhuma seleção mexicana havia erguido o troféu de uma Copa do Mundo da FIFA, torna o feito ainda mais espetacular. “Eu tinha vindo até aqui uma vez com esta seleção, mas não joguei porque estava lesionado”, contou o meia do Tigres. “O professor (Raúl) Gutiérrez me disse: ‘aguente até a final’. E aqui estou. A minha primeira partida no Azteca e já sou campeão do mundo!”, exclamou com certa incredulidade.
Naquele momento, se uniu à conversa o capitão Antonio Briseño. “Foi uma experiência impressionante”, resumiu. “Queremos agradecer a todas as pessoas que vieram torcer por nós. Jogar aqui é incrível, me deixou arrepiado”, reconheceu o autor do primeiro gol sobre a Celeste Olímpica.
“E pensar que você disse que marcaria um!”, disse Espericueta, com um gesto de cumplicidade para o companheiro. Mas como foi isso? “É verdade, sonhei que fazia um de cabeça, mas com o pé também não foi nada mau. Por sorte, acertei a bola em cantinho onde ninguém conseguir pegá-la”, explicou o zagueiro do Atlas, com um ar brincalhão.