Luciano Coutinho deve aproveitar ida ao Congresso para explicar a bisonha participação do BNDES na Bombril

Pingos nos is – Mesmo com o fracasso da fusão Pão de Açúcar-Carrefour, cujo naufrágio contou com a o refugo do BNDES, deputados federais e senadores querem ouvir as explicações do presidente do banco estatal, o economista Luciano Coutinho, agora na chamada “geladeira” da Esplanada dos Ministérios. Os parlamentares querem saber as razões que levaram o BNDES a decidir injetar dinheiro público em um bilionário negócio privado.

Considerando que o negócio não saiu, deputados e senadores deveriam desistir da oitiva de Luciano Coutinho, pois a pressão popular e a ampla divulgação do caso na mídia ajudaram a sepultar a manobra capitaneada pelo empresário Abílio Diniz, que até o último momento tentou salvar seu mirabolante projeto.

Se o objetivo dos parlamentares é entender os critérios de avaliação do BNDES no momento de escolher um negócio, que perguntem a Luciano Coutinho os motivos que levaram o banco a investir na Bombril, cujo controlador, Ronaldo Sampaio Ferreira, reduziu a participação dos sócios minoritários (leia-se BNDESPar e Previ) com um aumento de capital bisonho e pouco ortodoxo.

O assunto acabou na Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, mas até agora nenhuma decisão foi tomada com o objetivo de reverter o imbróglio que, diga-se de passagem, provocou prejuízos às duas instituições – BNDESPar e Previ.