Fim do chilique – Depois de seis horas de sessão, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, decidiu, por maioria, receber denúncia contra o promotor Leonardo Bandarra, a promotora Deborah Guerner e o marido Jorge Guerner, Cláudia Marques, Durval Barbosa e Marcelo Carvalho. Com o resultado do julgamento, todos serão réus em ação penal por extorsão contra o ex-governador José Roberto Arruda. A outra denúncia será analisada em 18 de agosto, na qual Bandarra e Deborah Guerner são acusados de extorsão, vazamento de informações sigilosas e formação de quadrilha.
O reinício da sessão, às 14 horas desta quinta-feira (21), que analisa as denúncias apresentadas contra a promotora Deborah Guerner e o ex-procurador-geral de Justiça do DF Leonardo Bandarra, teve a apresentação de um vídeo em que o empresário Marcelo Carvalho participa de uma reunião na casa da promotora. O assunto tratado era José Roberto Arruda e Durval Barbosa. Carvalho, à época funcionário do então vice-governador Paulo Octávio, teria intermediado o encontro entre Guerner e Arruda na residência oficial de Águas Claras.
Por volta das 16h40, a relatora decidiu pela abertura de ação penal dos denunciados pela prática de extorsão. O plenário começou, então, a votar o parecer de recebimento da denúncia, seguido pelos desembargadores. Quatro votaram pelo recebimento das denúncias contra todos os acusados. O desembargador Jirair Meguerian absolveu Bandarra e Carvalho.
Na última terça-feira (19), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu manter as penas de suspensão e demissão dos promotores Deborah Guerner e Leonardo Bandarra. Eles foram incriminados por corrupção, formação de quadrilha e extorsão do ex-governador José Roberto Arruda. Os advogados de defesa recorrerão novamente ao Conselho e, caso necessário, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
