Na alça de mira de Dilma Rousseff, petista está com as horas contadas no conturbado e suspeito DNIT

O gato subiu no muro – A presidente Dilma Rousseff vetou na quinta-feira (21) a participação do diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Hideraldo Luiz Caron, em reunião sobre obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de rodovias.

No governo Dilma, servidor do ministério dos Transportes ou do DNIT que não se senta à mesa de reunião é mais do que demissionário. O fato deverá anteceder sua demissão, cuja data deverá ser esta fatídica sexta-feira (22). Imagina-se a corrida para se conferir o Diário Oficial da União (DOU) e a torcida para que o nome não esteja lá. O órgão impresso se tornou o veículo do “exoneroduto” dos execrados pela presidente Dilma. Vale lembrar que uma grande parte dos 15 servidores do DNIT e da Valec (braço do DNIT que deveria cuidar do sistema ferroviário) foi surpreendida com o DOU.

O diretor do DNIT, demissionário, é o único dos “moicanos” petistas no comando. A reunião sobre o PAC ocorreu no Planalto. A presidente recebeu os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Paulo Sérgio Passos (Transportes), além do secretário-executivo interino dos Transportes, Miguel Masella, e de uma técnica do ministério.

O Planalto não confirmou oficialmente o convite para Caron participar do encontro. Assessores da presidente, no entanto, disseram que Dilma alertou o ministério por meio de emissários que ele não deveria participar da reunião. Segundo informações de bastidores Caron teria preparado um projeto de redução de custos para ser apresentado à presidente.

Caron ingressou no DNIT em 2004. Era incumbido de aprovar ou não contratos em andamento. Seu pescoço está mais do que preparado para ser defenestrado, com a nada sutil pressão perpetrada pelo PR para o governo cortar também na própria carne. O “exoneroduto” (DOU) poderá trazer a cabeça de mais um que dá adeus ao DNIT, mas com extremo pesar por ser do PT. Sabe a história que para contar que um gato morreu, prepare-se o dono do felino para dizer que primeiramente ele subiu no muro, antes de sucumbir. O gato subiu no muro…