Pivô da crise nos Transportes, Luiz Antônio Pagot pede demissão do cargo de diretor-geral do DNIT

Olho da rua – Principal alvo das denúncias de superfaturamento das obras do Ministério dos Transportes, Luiz Antônio Pagot pediu exoneração do cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT.

Por ocasião das denúncias, Pagot foi aconselhado a tirar férias como forma de evitar a demissão enquanto o Partido da República tentava contornar a situação junto ao Palácio do Planalto, mas a decisão da presidente Dilma Rousseff prevaleceu. Luiz Antônio Pagot, que na eclosão da crise fez ameaças contra os ministros Paulo Bernardo da Silva, das Comunicações, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, foi à sede do DNIT na manhã desta segunda-feira (25) para se despedir dos colaboradores.

A demissão de Pagot foi confirmada por nota divulgada pela assessoria do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. “O Ministro de Estado dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, recebeu na manhã de hoje o pedido de cancelamento das férias do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, programadas para o período de 25 de julho a 04 de agosto. No mesmo documento, o diretor comunicou que já solicitou à Presidenta da República sua exoneração do cargo de Diretor-Geral do Dnit”, informa a nota.

Padrinho político de Luiz Antônio Pagot e um dos responsáveis pela indicação do agora demissionário para a direção do DNIT, o senador Blairo Maggi (PR-MT) confirmou horas antes a saída de Pagot da direção do órgão. “Conversei com ele na sexta. Ele está tranquilo e me disse que vai fazer o pedido de exoneração dele e entregar ainda esta segunda. Ele vai tocar a vida dele”, declarou Maggi.

A demissão de Pagot encerra mais um capítulo do conturbado governo da neopetista Dilma Vana Rousseff, mas pode significar o começo de um período de dificuldades para o Planalto no Congresso Nacional. Descontentes com as decisões tomadas por Dilma no caso em questão, parte do PR promete retaliações após o fim do recesso parlamentar.