Lampião a postos – No Brasil, planejamento é considerado artigo de luxo no âmbito do poder. O que em tempos outros já causava preocupação, com o desembarque de Luiz Inácio da Silva no Palácio do Planalto a situação piorou sobremaneira. Tudo porque a mitômana pirotecnia palaciana exigiu dos técnicos do governo improvisos no melhor estilho “puxadinho” de fundo de quintal.
Em 29 de outubro de 2009, a então ministra da Casa Civil, Dilma Vana Rousseff, afirmou, durante o programa chapa branca “Bom Dia Ministro”, que o Brasil não corria risco de um apagão elétrico, a exemplo do que aconteceu em 2001. Duas semanas mais tarde, na noite de 10 de novembro, um apagão deixou dezoito estados brasileiros sem energia elétrica durante horas a fio. Como nove entre cada dez petistas são, direta ou indiretamente, parentes de Aladim, o folclórico gênio da lâmpada, Dilma, com a diplomacia que lhe é peculiar, culpou a chuva e os raios que despencaram no interior do Paraná pela interrupção no fornecimento de energia.
Quando, em dezembro de 2008, Lula da Silva ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros a manutenção do consumo, os jornalistas do ucho.info fizeram vários alertas, a começar pelo perigo que representaria o consumo excessivo. Com a isenção fiscal que beneficiou diversos setores, a começar pelas montadoras de veículos, a venda de carros novos disparou, mas o governo federal em nenhum momento se preocupou em planejar rapidamente o aumento da produção de combustíveis. O Brasil alcançou o limite para o processamento de gasolina, enquanto a produção de etanol está aquém da demanda atual.
Com a venda de produtos eletroeletrônicos crescendo cada vez mais, o consumo de energia elétrica cresceu 3,6% no primeiro semestre de 2011, em comparação com o mesmo período do ano anterior. É importante lembrar que o período de maior consumo de energia, o verão, ainda está por vir. Se nada for feito para contornar o problema, não demora muito e o Brasil mais uma vez experimentará a penumbra das trevas. Recentemente, os palacianos comemoram de maneira efusiva a chegada de 39,5 milhões de consumidores à classe média, mas em nenhum momento pensou-se na retaguarda necessária a esses cidadãos que passaram a consumir tresloucadamente no vácuo do crédito fácil.
Como disse certa vez aquele famoso e fanfarrão filósofo, “nunca antes na história deste país”.