Líder do PDT, senador Acir Gurgacz declara apoio a Dilma Rousseff e endossa faxina nos Transportes

Ombro amigo – Desde que ordenou uma completa faxina no Ministério dos Transportes e nos órgãos correlatos, ação deflagrada por causa das acusações de superfaturamento de obras e cobrança de propinas, a presidente Dilma Rousseff, que se fechou em copas, foi contemplada com ameaças advindas do Partido da República, legenda que dominava o setor, e o silêncio dos outros partidos da base aliada.

Entre as vinte peças desse enxadrismo planaltino que caíram no rastro do escândalo, a segunda mais importante, Luiz Antônio Pagot, deixou a direção-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ao não resistir à pressão palaciana. A saída, após interrupção das férias do ex-dirigente do DNIT, foi a forma mais rápida e lógica para evitar dificuldades ao senador Blairo Maggi (PR-MT), padrinho político de Pagot.

Em outro vértice do imbróglio está o também senador Alfredo Nascimento, do PR do Amazonas, que renunciou ao comando do Ministério dos Transportes, mas tem no bolso do paletó um discurso pronto para o plenário do Senado. Na fala que deve acontecer na próxima semana, com o fim do recesso parlamentar, Nascimento promete destilar suas mágoas quando subir à tribuna do Senado.

Mas a decisão de Dilma Rousseff não encontrou apenas ecos surdos na política nacional. Senador pelo PDT de Rondônia, Acir Gurgacz, líder da legenda na Casa, declarou apoio incondicional às medidas adotadas pela presidente da República para estancar a crise que eclodiu nos Transportes. O parlamentar pedetista declarou que “neste momento que a presidenta mostra uma de suas principais qualidades, que é a rapidez de decisão em medidas no combate à corrupção, o PDT reafirma e reforça seus laços com o governo”.

Com a manifestação de apoio anunciada por Gurgacz, o PDT reforça sua posição como aliado do Palácio do Planalto ao endossar, sem ressalvas, a operação comandada pela presidente Dilma Rousseff para moralizar o Ministério dos Transportes, pasta que desde os primórdios da era Lula da Silva esteve sob o domínio do Partido da República.