Com Celso Amorim na Defesa, programa de renovação da frota de caças da FAB vai pelos ares

Trilha vermelha – A escolha do ex-chanceler Celso Amorim para o Ministério da Defesa prova que a presidente Dilma Rousseff, apresentada ao eleitorado nacional, em 2010, como a garantia de continuidade das conquistas da era Lula, copia seu antecessor com invejável maestria.

Nas três Armas que integram o Ministério da Defesa (Exército, Marinha e Aeronáutica), o sentimento de que a escolha não poderia ser pior é generalizado. Integrante da esquerda festiva e talvez tão fraquinho quanto a agora companheira Ideli Salvatti, o ex-chanceler Celso Amorim é um adepto confesso do entreguismo, ideologia burra que o novo ministro deixou claro nas trapalhadas diplomáticas que protagonizou nos último anos, colocando o País em situação vexatória diante de parceiros internacionais. E entreguismo é um vernáculo que não existe no dicionário da caserna.

De fala visguenta e repleta de vieses evasivos, Amorim dificilmente terá um bom desempenho na pasta, pois seu passado mais distante o coloca em situação de confronto com os militares, como lembrou o ucho.info em matéria publicada na noite de quinta-feira (4), logo após a confirmação do nome do ex-chanceler para o Ministério da Defesa. Em 1979, Celso Amorim foi nomeado pelo então presidente João Batista Figueiredo para dirigir a Embrafilme, de onde saiu escorraçado depois de ter financiado o filme “Pra Frente Brasil”, de Roberto Farias, que relatava os crimes de tortura cometidos pelo regime de então.

Como destacamos na matéria, não se trata de criticar o conteúdo do filme, que foi censurado e depois liberado, mas de condenar a falta de habilidade de Dilma Rousseff ao escolher um ministro que já chega ao cargo com respeitável desgaste.

Eleita democraticamente – aqui não comentaremos o efeito eleitoral do Bolsa Família – para comandar o País, Dilma é responsável pelas decisões que toma. E quem está feliz da vida com a indicação de Celso Amorim é o senador Jorge Viana, do PT do Acre, que no Brasil defende os interesses da EADS, que integra o consórcio que fabrica o caça supersônico Eurofighter Typhoon. E a EADS há muito sonha em mandar pelos ares a concorrência para a renovação da frota da FAB e participar do Projeto FX-2.

Com a chegada de Celso Amorim na Defesa, os caminhos do agora milionário Jorge Viana ficaram menos tortuosos. Sempre lembrando que a preferência de Nelson Jobim, a mesma de Lula, pelos caças Rafale, da francesa Dassault, sempre irritou Dilma Rousseff. Com a devida licença do folclórico piauiense Mão Santa, que protagonizou longos discursos no Senado: Atentai bem, Brasil!