Fora da mira – O diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, informou que o Palácio do Planalto foi avisado da Operação Voucher apenas na manhã desta terça-feira (9). O policial ressaltou que a PF tem autonomia para atuar. Teixeira, que destacou que o planejamento de uma operação impede a divulgação de qualquer informação para não comprometer o seu resultado, antecipou que as investigações deverão ser concluídas entre duas e quatro semanas. Será investigado qualquer filiado partidário. No entanto, o delegado federal disse que nenhum deputado ou senador está na mira da investigação. “Não há indícios de parlamentares no esquema”, disse.
De acordo com o balanço inicial da operação, foram encontrados R$ 610 mil casa do diretor do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). Teixeira informou que dois terços de R$ 4 milhões já pagos foram desviados pelo esquema de um total de R$ 4,4 milhões aproximadamente. Para o delegado, a investigação “irá chegar aos seus autores”. Até agora, 33 pessoas foram presas, segundo a Polícia Federal.
“A investigação está tramitando em segredo de Justiça. A operação foi voltada para reprimir o desvio de verbas públicas e a prática de corrupção. É um trabalho feito em conjunto com o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União”, informou Teixeira.
Ideli vai ao PMDB
Ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti compareceu ao Congresso Nacional, em movimentação fora da agenda, para procurar a liderança do PMDB. Ela quis deixar claro que não houve por parte da presidente Dilma Rousseff qualquer intenção de comprometer a legenda. E a ministra levou um recado da presidente: de que “não haverá complacência com as denúncias de corrupção”. Além disso, Ideli vociferou outro recado de Dilma, desta vez para a Polícia Federal. De que a corporação deverá ser precisa nas investigações para não atingir quem seja inocente.