Gabriel, o goleiro da seleção sub-20, sonha em ser um “Taffarel” no time principal do Brasil

Autoestima – Por anos, o Brasil sempre levou a melhor nas decisões por pênaltis. Foi assim que o país venceu a final dos Estados Unidos 1994, a semifinal da França 1998, as duas partidas decisivas da Copa América 2004 e a semifinal da mesma competição três anos mais tarde. No entanto, a confiança brasileira nas penalidades máximas ruiu na Argentina, há um mês.

Em parte, porque o país foi eliminado pelo Paraguai nas cobranças de pênalti, mas principalmente pela maneira como isso aconteceu. Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred erraram todos os chutes do Brasil, e Júlio César não conseguiu defender nenhuma das três tentativas paraguaias — duas das quais acertaram o gol.

Por isso, quando na noite de domingo o árbitro apitou o final dos 120 minutos do vibrante empate em 2 a 2 da Seleção com a Espanha, pelas quartas de final da Copa do Mundo Sub-20 da FIFA, na cidade de Pereira, os brasileiros ficaram pessimistas. Afinal, a Fúria havia convertido seis das sete cobranças na decisão por pênaltis em que eliminara a Coreia do Sul nas oitavas.

Mas o goleiro Gabriel havia encarnado um super-herói. Do alto do seu 1,93m de estatura, ele saltou com agilidade em direção ao seu canto esquerdo e parou o chute de Jordi Amat. Na sequência, desviou a cobrança de Vázquez com a perna para o travessão. O Brasil, que havia sido inferior em vários momentos do jogo e tinha precisado de uma série de defesas excepcionais do jovem de 18 anos, acabava de eliminar a espanha. Um novo Taffarel, o herói dos pênaltis da Seleção na década de 90, parecia ter nascido.

“É muito bom ouvir essa comparação”, disse Gabriel ao “Fifa.com”. “Mas sou apenas um goleiro jovem que conseguiu ter uma boa noite, enquanto ele é um ídolo no meu país. O Brasil inteiro se lembra do Taffarel e do que ele fez. É uma grande inspiração. Eu realmente gostaria de um dia chegar aonde ele chegou.”