Governador Agnelo Queiroz afirma que situação da rede pública de saúde é muito grave

Contratação de pessoal – O governador do DF, Agnelo Queiroz, reinaugurou nesta quarta-feira (17) o Centro de Saúde de Brasília (CSB) número 12, na entrequadra 208/408, na Asa Norte. O CSB 12 foi inaugurado há 30 anos e essa foi a primeira reforma, que custou R$ 980 mil. Mais tarde, o governador fez uma análise das principais diretrizes do governo para a recuperação da Saúde Pública no DF.

Qual a importância da reinauguração desse centro de saúde na Asa Norte?

É a recuperação e o fortalecimento da atenção básica à saúde aqui na região. O centro é importante, porque vai ter essas áreas básicas todas: ginecologia, pediatria, odontologia e agora clínica médica. Obviamente que, ao garantir ao cidadão o acesso à atenção básica, marcar sua consulta e ter acompanhamento, estamos evitando que ele se desloque para um pronto-socorro, que não é o lugar adequado. É mais um equipamento que restabelece o caminho correto de acesso ao sistema de saúde, que é a atenção básica. É uma conquista entregar esse equipamento à comunidade, porque a comunidade merece. Esse Centro foi inaugurado há 30 anos e essa é a primeira reforma profunda, até mesmo nas suas estruturas elétrica e hidráulica, o que durou um período longo – oito meses. O Centro tem agora melhores condições de atender a comunidade aqui da Asa Norte.

O senhor encontrou um verdadeiro caos na saúde. O que melhorou no governo Agnelo Queiroz?

A situação que nós encontramos nos fez decretar estado de emergência na saúde, que estava com uma rede desabastecida. Iniciamos todo um processo de recuperação da parte física. Aqui é um caso. Agora estamos começando a colher tudo o que fizemos nesse período, como uma estrutura física melhor. Houve também a contratação de pessoal. São mais de 3 mil profissionais. Já imaginou o que é, num período tão curto como esse, ter mais 3 mil profissionais na rede e ainda está faltando gente. Imagine qual era a situação desse sistema. Fizemos concurso público para a área de saúde, já chamamos um número grande de profissionais e agora vamos investir mais neles e prosseguir com as reformas e a construção de novas unidades básicas, e ampliar o número de UPAs. Esse é um processo que não é possível realizar do dia para a noite, porque envolve tanto a parte física quanto a parte de contratação. Vamos levar até o final do próximo ano para que as áreas física e humana estejam bem instaladas e tenhamos dedicação exclusiva ao bom funcionamento do sistema, à gestão, à qualificação dos profissionais, à motivação dos profissionais. É uma luta permanente, que vamos ter que fazer, mas acho que nessa fase temos que cumprir esse caminho que já percorremos e ainda há muito que percorrer.

Como está a questão dos elevadores dos hospitais do Distrito Federal?

Essa é apenas uma das áreas que demonstra o estado de absoluto abandono em que encontramos nossa saúde pública, porque sem o elevador num hospital de vários andares, como você conduz um paciente? Pela escada? É uma situação dramática. Então, já adquirimos um primeiro lote, por meio de um pregão. A empresa tem um prazo para entregar, mas está adquirido, com um contrato de manutenção junto, para que esse equipamento novo se mantenha conservado ao logo de muitos anos. Esses elevadores serão instalados nos hospitais de Samambaia, Gama, Taguatinga – que é um caso gravíssimo, porque são duas unidades mistas – e Ceilândia. O estado de deteriorização da rede é tão grande, que nosso trabalho vai continuar, até o total restabelecimento da estrutura física da rede pública de saúde.

Como está o projeto para a informatização dos prontuários?

Essa é uma das grandes metas para melhorar a gestão e o atendimento. Estamos digitalizando todos os prontuários e estamos nos dedicando para, no menor tempo possível, fazer a informatização de todo o sistema. No futuro, em qualquer unidade, o paciente terá à disposição seu prontuário. Isso vai dar uma grande agilidade ao atendimento. Atualmente, 70% dos prontuários já estão digitalizados, mas isso tem de ser um processo contínuo, até atingir a totalidade, que virá acompanhada do próprio cartão de saúde. Vamos dar toda estrutura, para que o paciente tenha completo conforto e o profissional que o atende possa, em qualquer lugar, inclusive numa emergência, acessar o prontuário dele e saber a história pregressa desse paciente rapidamente. Essa é a parte de investimento, de informatização da rede, que é indispensável para termos o controle total da gestão. Pode até haver uma resistência ou outra, mas isso será pontual, porque essa medida vai aumentar nossa eficiência e permitir melhor controle dos gastos.