É preciso reagir – Engana-se quem pensa que a dinastia Sarney, que transformou o Maranhão em reduto de miséria e desmandos, terminará com o fechar d’olhos do patriarca do clã, José Sarney, ou até mesmo com uma derrocada da governadora Roseana.
Enquanto milhões de brasileiros ficaram escandalizados com o fato de o presidente do Senado – eleito pelo Amapá – ter utilizado um helicóptero do governo do Maranhão para ir a uma de suas propriedades, impedindo que a aeronave socorresse maranhenses que precisavam chegar com celeridade aos pífios hospitais do estado, um parlamentar saiu em sua defesa. Trata-se do deputado estadual Magno Bacelar, do Partido Verde, vice-líder do governo de Roseana Sarney na Assembleia Legislativa.
Obediente e genuflexo, Bacelar disse que “Sarney não é uma pessoa qualquer, não é um ex-governador Zé Reinaldo Tavares da vida, é o homem que exerce o mandato, que está dentro do parlamento”. Cumprindo o pífio papel que lhe cabe, o de defender um governo indefensável, Magno Bacelar continuou defendo Sarney: “Queria que o presidente do Senado fosse andar em jumento? Queria o quê? Enfrentar um engarrafamento? Esse helicóptero, é claro, tem que servir os doentes, mas tem que servir as autoridades, esta é a realidade”.
O parlamentar do PV, sem ter como explicar sua atitude típica de quem por conveniência desconhece a realidade dos fatos, alegou que órgãos da imprensa promovem uma verdadeira perseguição a José Sarney e “discriminam o Maranhão”.
Magno Bacelar erra ao afirmar que veículos de imprensa do Sul do País “discriminam o Maranhão”. Na verdade, o que os órgãos midiáticos tentam, ao fazer tais denúncias, é tirar o Maranhão dessa ditadura burra e utópica que já completa cinquenta anos e vilipendia diuturnamente a dignidade do seu povo, que merece reverências do restante do País por sua bravura diante de um cipoal de dificuldades.
Enquanto viver à sombra dessa corriola comandada por José Sarney, que no despotismo local sucedeu o nada diplomático Vitorino Freire, o Maranhão está fadado a continuar na escandalosa condição de estado mais miserável da federação.