Cinquenta anos depois, saga da “Campanha da Legalidade” pode ser vista nos corredores da Câmara

Tributo a Brizola – A Câmara dos Deputados promove, até 9 de setembro, a exposição “50 anos da Campanha da Legalidade”. A mostra relembra fatos marcantes da luta travada para garantir a posse de João Goulart na Presidência da República, em 1961, após a renúncia de Jânio da Silva Quadros.

Com a renúncia do então presidente da República, que creditou sua decisão às chamadas e não esclarecidas forças ocultas, os militares queriam impedir que o vice-presidente, João Goulart, que estava em visita à China, assumisse o cargo. Surgiu, assim, um movimento de resistência, em favor da democracia, para garantir que se cumprisse a lei e que a posse de Jango se concretizasse.

Segundo informa a “Agência Câmara”, quem visitar a montagem poderá acompanhar uma espécie de diário da resistência, que vai desde a renúncia de Jânio Quadros até o desfecho da questão, com a alteração do regime de governo para o sistema parlamentarista e a posse de João Goulart como chefe de Estado, e não de governo. Os visitantes também poderão ouvir diversos discursos feitos por Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul à época e líder do movimento.

“O interessante é que montamos a exposição na mesma data em que o evento aconteceu, 50 anos atrás. Ela segue um tempo real.”, destaca Guilherme Lima, chefe do Museu.

A exposição “50 anos da Campanha da Legalidade” foi idealizada pelo consultor legislativo João Carlos Ferreira, que vivenciou o movimento quando criança. Ela foi realizada pelo Museu da Câmara, em parceria com o Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, o Palácio Piratini, o Memorial Legislativo de Porto Alegre, a Assembleia Legislativa de Porto Alegre e a Rádio Guaíba.