Queda de braço – A Copa do Mundo de 20144 já provoca um reboliço nos bastidores da política verde-loura. Há dias, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, disse que o Rio de Janeiro é o local ideal para sediar o jogo de abertura da competição maior do futebol planetário. A declaração de Blatter, que até então era um entusiasta da cidade de são Paulo como palco da abertura da Copa, pode carregar a ingerência do Palácio do Planalto. Afinal, a presidente Dilma Rousseff não é fã do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que vê crescer em todo o País a campanha que cobra a sua imediata saída da entidade.
Para reforçar esse detalhe que passa ao largo daqueles que não acompanham o cotidiano político nacional, Dilma recebeu de presente, semanas atrás, camisas do São Paulo Futebol Clube, cujo presidente, Juvenal Juvêncio, é um conhecido desafeto de Teixeira. O estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, estava cotado para sediar os jogos da Copa de 2014, mas uma disputa no Clube dos Treze levou o presidente da CBF a trabalhar pelo descarte da arena esportiva do tricolor paulista.
No contraponto, o Itaquerão, o milionário estádio que o Corinthians pretende construir na Zona Leste paulistana, perde a razão de ser com a possibilidade de a abertura da Copa não acontecer na cidade de São Paulo. Para aumentar o calor que domina a disputa, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, corintiano de carteirinha e conselheiro vitalício do clube, promete visitar as obras do Itaquerão no próximo sábado (3), durante comemoração aos 101 anos do Sport Club Corinthians Paulista, fundado em 1º de setembro de 1910.
Durante o congresso da FIFA, que acontecerá em Zurique nos dias 20 e 21 de outubro, a cidade de São Paulo será confirmada como sede do primeiro jogo da Copa do Mundo de 2014, declarou um alto dirigente da entidade. O que mostra que as recentes declarações não interferem na decisão do staff da FIFA. Mesmo assim, resta mais de um mês para que essa briga silenciosa continue a produzir desconforto nas coxias do poder.