Mundial – Mal chegou ao Stadio del Mare para o primeiro treinamento em Ravena, na Itália, Jorginho logo se colocou ao lado de um cartaz com o logotipo da Copa do Mundo de Beach Soccer da FIFA de 2011 e pediu a um dos companheiros de Seleção Brasileira que tirasse uma foto sua.
O gesto, e a animação com que o jogador o fazia, não seriam nada digno de chamar a atenção não fosse por um detalhe: estamos falando de alguém que tem 36 anos, começou no beach soccer em 1994 – jogando ao lado de gente como Zico, Júnior, Edinho e Cláudio Adão – e foi eleito três vezes o melhor jogador do mundo.
Os outros jogadores à sua volta fazem piadas; caem na gargalhada dizendo que ele parece um novato que disputa um grande torneio pela primeira vez. Mas Jorginho não está nem aí. Para ele, a sensação é justamente essa. “O pessoal tira sarro, mas eu estou me sentindo mesmo como um garoto de 19 anos, deslumbrado com a chance de estar aqui”, contou o camisa 6 da Seleção em conversa animada com o “Fifa.com”. “É a pura verdade: ‘eu tô amarradão’”, continuou ele, na primeira de incontáveis vezes que usou a expressão para descrever seu estado de espírito.
Não é à toa que a situação causa tanta graça e estranheza nos colegas. É, de fato, contraditório: Jorginho é um dos maiores nomes da história do beach soccer do Brasil – que, por sua vez é, de longe, o país mais vencedor da modalidade. E, no entanto, o terceiro maior artilheiro da história da Seleção nunca conquistou a Copa do Mundo de Beach Soccer da FIFA.