MT vive crise de violência e governador decide dividir problema provocado pela greve de policiais

Chamam todos – Acabou a greve dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso, após assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (2). Depois exigir 14% de reajuste, os professores concordaram com a proposta do governo estadual de apenas 4% a partir de março de 2012 e a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas).

A paralisação foi solucionada pelo governador Silval Barbosa (PMDB), mas outro grave problema está na iminência de provocar uma grave crise no seu governo. A greve da Polícia Civil parou todas as delegacias e os flagrantes que estão sendo feitos pela Polícia Militar podem não ter validade legal.

Para compartilhar a crise, o governador resolveu chamar para uma reunião nesta sexta-feira todos os chefes de poderes, como informa o “Olhar Direto”. Silval ligou para o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira; para o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), e para o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Marcelo Ferra de Carvalho.

Mais cedo, em entrevista a jornalistas, Silval já havia adiantado que solicitou socorro de policiais militares e demais instituições de Segurança Pública para suprir a paralisação da Polícia Civil. De braços cruzados há pelo menos 60 dias, a categoria exige um piso salarial de R$ 3.460,00.

Enquanto as delegacias continuam fechadas, há uma onda de violência no Mato Grosso. O presidente do sindicato dos policiais, Cledson Gonçalves, acredita que a categoria poderá voltar ao trabalho entre este final de semana e o início da outra. Em todo o caso, afirma que os policiais estão “comovidos” pelo alto índice de violência causada pela greve.