Procurador rebate – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, aproveitou um encontro com o presidente do Senado Federal, José Sarney, e se posicionou contra a crítica da presidente Dilma Rousseff, que afirmou que o reajuste de salário do Judiciário comprometeria investimentos em programas sociais, além de recursos destinados à educação e à saúde. Na opinião de Gurgel, o reajuste se traduz em “mera recomposição de perdas” e informa que ao longo de oitos meses alcançou 25%.
“É preciso dizer que no final do governo do presidente Lula houve uma série de reajuste e recomposição de remuneração de diversas categorias do serviço público, sem que isso significasse qualquer retirada, qualquer redução dos recursos que devem ser destinados a prioridades como saúde e educação”, salientou o procurador-geral, enfatizando que “jamais significará reduzir um centavo sequer dos recursos destinados a saúde ou educação.”
O reajuste pleiteado pelo Judiciário provocará impacto de quase R$ 8 bilhões nos cofres públicos. Pressionado, o Palácio do Planalto foi obrigado a recuar e acabou revendo sua proposta orçamentária. Dilma, então, enviou a dor de cabeça em mensagem ao Congresso incluindo novamente os reajustes pedidos pelo Judiciário, não sem antes criticar a posição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Roberto Gurgel disse que há um diálogo permanente com o Executivo para encontrar a melhor solução. O procurador visitou nesta terça-feira (6) os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS). Questionado se o reajuste salarial fez parte da pauta das reuniões, Gurgel negou.