(*) Romilson Dourado, do RD News –
Embora tenha sido acolhido pelo padrinho político, senador Blairo Maggi, o ex-secretário de Estado e pecuarista Luiz Antônio Pagot, que saiu desmoralizado do cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, não voltará mais para o quadro de executivos do Grupo Amaggi. Ele já foi superintendente da Hermasa Navegação da Amazônia, uma das empresas da Amaggi.
Pagot decidiu tocar seus próprios negócios. Ele vai criar uma empresa de navegação em sociedade com o prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz (PPS), o mais rico dos 141 gestores municipais mato-grossenses, com patrimônio declarado de R$ 46,8 milhões.
O projeto está prestes a ser concluído. Pagot e Marino possuem relações estreitas de amizade. Neste ano, antes de “explodir” escândalos no ministério dos Transportes e nos órgãos vinculados à pasta, como DNIT e Valec, Pagot recebeu homenagem em Lucas do Rio Verde, sob iniciativa do próprio prefeito.
O ex-diretor-geral do DNIT passa a explorar um setor sobre a qual possui conhecimento. Foi ele quem conduziu a Hermasa no Estado do Amazonas. Em sua trajetória consta passagem pela Marinha do Brasil.
Luiz Pagot vinha numa carreira meteórica. Chegou até a lançar pré-candidatura a governador. Em princípio, atuava forte nos bastidores. Foi assessor do então senador Jonas Pinheiro (já falecido) e conduziu ao comando do Estado, em duas campanhas vitoriosas, o ex-patrão Blairo Maggi, de quem foi secretário de Infraestrutura, Casa Civil e Educação.
Depois ganhou espaço no governo Lula, sob indicação de Maggi. Assumiu o comando do DNIT. Caiu há dois meses por causa de denúncias sobre supostas irregularidades. Despencou com a mesma velocidade com que subiu.