Escolha de ministro do Turismo depende do apoio de líder e da chancela de Michel Temer

Compasso de espera – O nome do novo ministro do Turismo, que deverá substituir Pedro Novais, será definido após o vice-presidente da República, Michel Temer, chegar em Brasília, de volta de viagem ao Rio Grande do Norte. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, puxou uma reunião com dez vice-líderes da legenda na tarde desta quarta-feira (14). Ele foi elogiado durante o encontro por submeter a questão ao grupo. A estratégia do líder foi se posicionar, respaldado por um colégio de vice-líderes, se preparando, assim, para declinar o nome sugerido a Michel Temer.

Na reunião avaliou-se que a perda do ministério seria um péssimo negócio para o PMDB, entenda-se tal situação como um dividendo negativo para o líder da legenda. Pois perder-se-ia uma oportunidade de Henrique Eduardo Alves manter forte cacife para disputar a presidência da Casa em 2012.

Em princípio, chegou-se a cogitar um apoio a Novais. No entanto, a ideia que prevaleceu foi a de manter o ministério com a legenda. Vale lembrar que Novais foi bancado pelo próprio líder do PMDB. Basta um encontro com Temer para que mais um nome sob a chancela de Henrique Eduardo Alves deverá ser incensado pela liderança máxima do PMDB. O que foi definido também é que o nome somente será divulgado após a confirmação da saída de Pedro Novais.

A complicação digestiva de Temer deve ter sido agravada com a saída de mais um ministro da quota do PMDB. Mas o que se escuta nos bastidores é que parte do PMDB já não suporta tantos desgastes, tal e qual a presidente Dilma Rousseff.

No lista dos nomes cogitados para substituir Novais estão o de Leonardo Quintão (PMDB-MG), pré-candidato do partido à prefeitura de Belo Horizonte; Marcelo Castro (PI), que sofre grande resistência por parte do Palácio do Planalto; Hugo Leal do PSC, que estaria dentro de uma macronegociação com o PTB. Outros nomes surgiram na tarde desta quarta-feira (14): o do ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA), que surgiu como postulante ao cargo, e o de Danilo Forte (ex-Funasa), imediatamente descartado por não ter o apoio de Henrique Eduardo Alves.

Após reunir-se com Henrique Eduardo Alves e Michel Temer, no anexo da vice-presidência, no Palácio do Planalto, o ministro Pedro Novais se dirigiu ao gabinete da presidente Dilma Rousseff para entregar sua carta de demissão.