Rei morto, rei posto – A indicação do deputado federal Gastão Vieira (PMDB-MA) para substituir Pedro Novais no Ministério do Turismo surpreendeu não apenas aqueles que durante toda a quarta-feira (14) apostaram em outros nomes, mas principalmente porque a decisão passou obrigatoriamente pelo crivo do presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP).
Horas antes de se reunir com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, Gastão Vieira foi ao gabinete de Sarney para, na companhia do deputado Francisco Escórcio, receber as bênçãos do caudilho maranhense, que há cinco décadas comanda o mais pobre estado brasileiro, o Maranhão. Em outras palavras, José Sarney mais uma vez ratificou uma indicação de ministro, a exemplo do que ocorreu no caso do agora demitido Pedro Novais.
Com a chegada de Gastão Vieira ao Ministério do Turismo e o retorno de Pedro Novais à Câmara dos Deputados, a bancada maranhense na Casa permanece como está. Primeiro suplente da coligação que reelegeu Roseana Sarney para o governo do Maranhão, Francisco Escórcio continuará como deputado federal. O segundo suplente, Costa Ferreira (PSC-MA), que já começava a arrumar as gavetas por conta do favoritismo inicial de Marcelo Castro (PI) para substituir Novais, continuará na Câmara, pois a licença de Gastão Vieira lhe garantiu essa condição.
Além do piauiense Marcelo Castro, outro nome ganhou força ao longo da quarta-feira. O do paraibano Manoel Júnior, considerado pelos parlamentares como um político do chamado baixo clero. A queda de Pedro Novais e a conturbada escolha do substituto fazem com que o PMDB chegue ao congresso nacional da legenda, que começa na quinta-feira, com os ânimos em baixa.
