(*) Carlos Augusto, especial para o ucho.info –
Flagrado como balconista de emprego do PDT pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, pode agora experimentar uma crise de anipnia diante de três representações arremessadas contra ele pelo PSDB. Uma delas foi parar no Tribunal de Contas da União, outra chegou à mesa do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, e a última foi acomodada na sala do Procurador-Chefe da Procuradoria da República do Distrito Federal.
A demanda jurídica vem rubricada pelo líder dos tucanos na Câmara, Duarte Nogueira (PSDB-SP) e se baseia na denúncia de distribuição de cargos públicos para “atendimento a interesses partidários e contratação irregular de entidades para prestação de serviços públicos de capacitação”.
De fato, há ruídos de que um mal montado esquema de aparelhamento (os apaniguados falam demais) empurrou para o vexame público o presidente licenciado do PDT, comparado a um acpalô (narrador iorubano das tradições populares, que anda de tribo em tribo, contando os seus alôs): Lupi faz muitas contas sobre o seu ministério e acaba contando vantagem demais, enquanto recursos milionários do Fundo de amparo ao Trabalhador ( FAT) inflam as contas bancárias de centrais sindicais acopladas ao Ministério do Trabalho.
Este ano, segundo o “Estado de S. Paulo”, já somam R$ 11 milhões. Alvejado pelo PSDB com essas três representações, Lupi se enfraquece, ainda mais, diante do Palácio do Planalto. Será um dos primeiros da lista na reforma ministerial patrocinada por Dilma Rousseff até o final do ano.