Evitar o dissídio – Na primeira reunião de conciliação entre trabalhadores e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, representantes do Tribunal Superior do Trabalho ofereceram uma proposta intermediária para acabar com a greve na estatal postal. O TST sugere que os Correios ofereça 6,87% de reajuste, mais abono de R$ 500 em folha suplementar para trabalhadores acabar com greve.
O percentual é o mesmo ofertado pelos Correios, mas o valor do abono é superior ao sugerido pelo sindicato da categoria. A reivindicação dos trabalhadores é por um aumento linear de R$ 200, além de reposição da inflação de 7,16% e aumento do piso salarial de R$ 807 para R$ 1.635. Outra reivindicação da categoria é a contratação imediata de todos os aprovados no último concurso público.
Pela proposta da Corte, os dias parados seriam compensados aos sábados e domingos até 2012. Houve uma suspensão da reunião para que as sugestões pudessem ser discutidas. Neste momento, o grupo voltou a se encontrar, mas as lideranças já anteciparam que somente as assembléias gerais extraordinárias é que vão decidir sobre o movimento paredista. Os servidores dos Correios estão em greve desde o dia 14 de setembro.
Nesta manhã, cerca de 1.500 marcharam até o prédio do TST. Caso a categoria não aceite o resultado da audiência de conciliação, o processo irá para um relator para julgamento do dissídio coletivo, pela Seção Especializada do tribunal. A direção dos Correios pretende descontar os dias não trabalhados na proporção de um dia de greve por mês, mas os grevistas querem compensar os dias parados com horas extras e mutirões para colocar o serviço em dia. A empresa propôs aumento linear de R$ 80 a todos os empregados, reajuste salarial e dos benefícios em 6,87% e abono imediato de R$ 500.