Categoria decidiu – Os sindicatos de sete estados decidiram continuar a greve nos Correios, cujo fim foi anunciado para quinta-feira (6), após reunião de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A notícia foi atribuída aos representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect).
Nas assembleias realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul a categoria rejeitou a proposta feita pelo TST e que teria sido aceita pela empresa e pelos sindicalistas. Com isso, a greve dos funcionários dos Correios deve continuar em todo o País.
Na tarde desta quarta-feira ainda serão realizadas assembleias nos outros Estados, mas o próprio presidente da Fentect, José Rivaldo da Silva, reconheceu que, com a rejeição por parte desses sindicatos, que são os mais representativos do País, o movimento grevista deve continuar até que o dissídio da categoria seja julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
O principal ponto de insatisfação da categoria é o desconto de seis dias na folha de pagamento e a compensação de outros quinze em finais de semana. Ele explicou que atualmente um funcionário dos Correios que trabalha aos sábados tem direito a dois dias de folga por semana, segundo informou a “Agência Estado”.
Outro ponto de insatisfação, segundo Brito Júnior, está no fato de os Correios não terem concordado com o aumento linear de R$ 80,00 a partir de 1º de agosto, data base da categoria. Pelo acordo fechado na terça-feira, esse acréscimo incidirá apenas a partir do salário de outubro.
Amanda Gomes Corcino, presidente do Sintect do Distrito Federal, admitiu que, com a rejeição da proposta, haverá o desconto automático de todos 21 dias da greve. Mas ela ponderou que os trabalhadores preferiram deixar a decisão para o TST ao invés de aceitar as condições até então acordadas.
Gorcino disse que espera que até a próxima segunda-feira, quando está marcada nova audiência no TST para discutir a questão, as negociações avancem com a empresa no âmbito da compensação dos dias parados e também em relação ao aumento real dos salários.