Presidente do BC promete recuo da inflação ainda em outubro, mas a realidade é dura e bem distante

São Tomé – Ponto alto da amaldiçoada herança deixada por Luiz Inácio da Silva, a inflação, que passa ao largo dos discursos petistas, continua sendo o assunto que mais tira o sono da neopetista Dilma Vana Rousseff. Sem uma solução definitiva para o problema, mas se valendo de afirmações evasivas e fórmulas não tão confiáveis, Dilma parece ter transferido aos seus assessores o hábito de prometer.

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini afirmou que a inflação começará a recuar ainda em outubro, tese que muitos economistas desconfiam. Não se trata de arremessar as afirmações de Tombini na vala do descrédito, mas há aproximadamente um mês o presidente do BC fez a mesma promessa, sem que nada até então tivesse ocorrido. As declarações de Alexandre Tombini ainda trazem a ressalva que o recuo da inflação ocorrerá independentemente de qual seja o cenário da crise economia mundial, que em vários rincões do planeta tem levado muitas autoridades ao universo das preocupações.

As declarações do presidente do BC brasileiro não encontram respaldo no cotidiano, pois a queda da moeda norte-americana frente ao Real favorece as importações, situação que alimenta a inflação. No contraponto, a inflação, por mais que seja indesejável nos escaninhos palacianos, ajuda o governo a faturar ainda mais em termos de impostos, pois com a demanda aquecida os preços de produtos e serviços, respeitadas as respectivas sazonalidades, impulsionam a arrecadação tributária.

O cenário que predomina no Brasil, como consequência da ufanista política econômica adotada na era Lula, pose ser traduzido pelo dito popular “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Resumindo, é ver para crer.