Lula estocou o secretário-geral da FIFA, mas aeroportos brasileiros ultrapassam a barreira do caos

Vergonha nacional – Logo depois de a FIFA anunciar que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de 2014, o então presidente Luiz Inácio da Silva disse, a bordo de um messianismo mambembe, que os brasileiros fariam o maior evento futebolístico do planeta. Meses mais tarde, o secretário-geral da organização máxima do futebol mundial, Jérôme Valcke, externou sua preocupação com a situação caótica dos aeroportos verde-louros. Foi o suficiente para Lula, de forma transversa e inominada, chamar Valcke de “idiota”. E o fez dessa forma porque coragem nunca foi uma de suas principais virtudes.

Para provar que o Brasil estava apto a sediar a Copa, Lula, ainda na presidência, anunciou um investimento de R$ 5 bilhões para a reforma e ampliação dos principais aeroportos do País. Mas nada do que foi prometido aconteceu.

Herdeira de um amaldiçoado espólio político-administrativo, cujo tom fica por conta do desmando e da incompetência, a neopetista Dilma Vana Rousseff não teve outra saída que não privatizar três dos principais aeroportos brasileiros: Guarulhos, Viracopos (Campinas) e Brasília. Confirmando a tese de eleitoreira de que Dilma era a garantia de continuidade das conquistas da era Lula da Silva, o governo federal adiou o processo licitatório, inicialmente marcado para dezembro, para 2012. Ou seja, a situação ficará ainda mais caótica do que atualmente está.

Acontece que aquela dinheirama anunciada por Lula como investimento nos aeroportos não dá para começar. Juntos, os vencedores da licitação terão de investir pouco mais de R$ 19,6 bilhões nos aeroportos de Guarulhos, Cumbica e Brasília. Além disso, terão de pagar à União uma outorga (lance mínimo do leilão) no valor de R$ 2,888 bilhões.

O mais interessante nesse cenário é que Lula, que durante oito longos anos abusou da mitomania, continua sendo reverenciado em várias partes do mundo, com direito, inclusive, a títulos e honrarias. Como disse certa feita um conhecido filósofo de botequim, “nunca antes na história deste país”.