Contagem regressiva – O retorno da viagem a Angola da presidente Dilma Rousseff sofrerá atraso de cinco minutos. Sua chegada estava prevista para as 20h45 desta quinta-feira (20), em Brasília, mas ocorrerá às 20h50 na Base Aérea. A assessoria de imprensa informou que nada mais está agendado para esta noite. Questionada se haveria a possibilidade de alguma reunião oficial ainda nesta quinta-feira, a assessoria presidencial informou que até o momento não há qualquer apontamento agendado, a não ser que aconteça um encontro em caráter pessoal. A assessoria aconselhou a acompanhar o portal da presidência na internet, para o caso de haver alguma alteração ainda hoje. Se alguma reunião extra-oficial acontecer fora da agenda, as informações poderão ser divulgadas na sexta-feira (21).
Estancando o desgaste – O que se especula é que Dilma Rousseff teria com um encontro pré-agendado com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, para dar um basta à crise produzida pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Jr. Coincidentemente, será levado ao ar o programa do PCdoB, logo mais à noite. Em Luanda, a presidente refutou qualquer tipo de prejulgamento em relação ao caso Orlando Silva. “É importante que nós aprendamos que não se faz apedrejamento moral de ninguém. O governo não fez e não fará nenhuma avaliação e julgamento precipitado de quem quer que seja.” Mas, caso a presidente chame para conversar, ainda nesta quinta-feira, o presidente da legenda, o anúncio da saída de Orlando Silva demonstrará o total desapreço palaciano ao desempenho do titular da pasta. O que se sabe é que desgaste será abreviado o quanto antes.
O risco de o PCdoB perder o ministério é grande. Cogita-se que, em uma remanejada relâmpago na Esplanada do Ministério, o ex-deputado Flávio Dino sairia da presidência da Embratur para assumir a pasta do Esporte, enquanto o PTB assumiria o comando da Embratur. Outra possibilidade é o PCdoB perder o ministério para o PSB. Um forte candidato, o deputado Romário de Souza Faria (PSB-RJ), poderá assumir o ministério. Assim, restabelece-se, em tese, a ordem e o progresso ao cabo do projeto da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
