Assessor de ministro do Esporte, ligado ao PCdoB e ex-militante da UNE, assinou contratos suspeitos

Oficina e tecido – Um dos principais assessores do ministro Orlando Silva Jr., do Esporte, é acusado de assinar convênios suspeitos. Ex-presidente da UNE e filiado ao PC do B, Wadson Ribeiro assinou, nos últimos anos, boa parte dos convênios. Segundo o Portal da Transparência, o convênio com a “Pró-Ação” foi encerrado em abril deste ano e está em fase de prestação de contas.

No dia 31 de dezembro de 2009, o secretário de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro, assinou convênio de R$ 2 milhões com o Instituto Pró-Ação, com sede em Brasília. O “Pintando a Cidadania” atua em parceria com outros projetos do ministério. para “fomentar a prática do esporte por meio de distribuição gratuita de material esportivo e promover a inclusão social de pessoas de comunidades reconhecidamente carentes”.

Segundo matéria publicada hoje no “O Estado de S. Paulo”, o contrato com o “Pró-Ação” menciona uma conta corrente em nome do convênio. No dia 26 de abril de 2010, o instituto repassou um cheque dessa conta no valor de R$ 311.346,05 para a empresa Automatec Tecnologia e Serviços, registrada na cidade de Valparaíso de Goiás como uma loja de motos, a “Oliveira Motos”.

De acordo com a nota fiscal emitida, o dinheiro do Esporte pagou “tecidos, algodão e tinta”. Em entrevista ao Estado, Marcos Oliveira, dono da Automatec, disse desconhecer o “Pró-Ação”: “Não conheço a ONG. Eu arranjei o nome da empresa para um amigo, a gente joga bola junto”.

Seu amigo é Edinaldo Moraes, dono da Contemporânea Comércio e Serviços, que também está na prestação de contas da ONG. Cinco cheques do convênio foram parar na conta dessa empresa. No mesmo dia 26 de abril de 2010, quando a loja de motos Automatec levou R$ 311 mil, um cheque de R$ 364 mil foi depositado em nome da Contemporânea.

A empresa recebeu, ao todo, R$ 817 mil para supostamente vender fios de costura, agulhas e tecidos. No dia 20 de setembro de 2010, auge da campanha eleitoral, a ONG repassou R$ 213 mil para a Contemporânea.