Paralisação dos médicos do SUS em vários estados mostra que Lula mentiu sobre a saúde pública

Prova dos nove – Certa feita, faltando pouco tempo para embarcara na campanha pela reeleição, o então presidente Luiz Inácio da Silva não pensou duas vezes para afirmar, em meados de 2006, que a saúde pública no Brasil estava a um passo da perfeição. Quem acompanha de perto os assuntos da política sabe que tratou-se de mais uma declaração mentirosa e populista de Lula da Silva, cujo objetivo era, única e tão somente, turbinar sua campanha por mais quatro anos no Palácio do Planalto.

Meses mais tarde, Lula foi obrigado a reconhecer que sua fala não passou de um embuste, pois nem mesmo a saúde privada consegue caminhar com as próprias pernas. Com escândalo estourando na saúde pública em vários rincões brasileiros, imaginar que o cidadão comum tem acesso a tratamento médico-hospitalar é no mínimo devaneio.

Nesta segunda-feira (24), os que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) em doze estados da federação anunciaram que interromperam as atividades a partir de amanhã, terça-feira, como forma de reivindicar melhores condições de trabalho e protestar contra a baixa remuneração. A paralisação, prevista para durar 24 horas, acontecerá nos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Sergipe, segundo informação divulgada pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

Em Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo a categoria pretende promover protestos, mas não está descartada a possibilidade de paralisação do atendimento, que deve acontecer de forma escalonada em um hospital, um centro de saúde e um ambulatório, de acordo com decisão dos organizadores do movimento.

Em nota, a Fenam informou que nos estados em que se houver paralisação, o atendimento médico deixará de ser feito com base em critérios previamente definidos. Serão suspensos os atendimentos considerados eletivos, como consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos. A Federação Nacional dos Médicos informou também que está assegurado o atendimento nas unidades de urgência e de emergência.