Martelo batido – Reunida no Palácio do Planalto com a cúpula do PC do B, a presidente Dilma Rousseff deve anunciar em instantes o nome de Aldo Rebelo como substituto do também comunista Orlando Silva Jr. no Ministério do Esporte.
Ministro responsável pela Secretaria de Coordenação Política e Relações Institucionais entre janeiro de 2004 e julho de 2005, durante o primeiro governo do petista Luiz Inácio da Silva, o alagoano Aldo Rebelo, eleito por São Paulo, foi presidente da Câmara dos Deputados de setembro de 2005 a janeiro de 2007. Foi durante sua passagem pelo governo Lula e a presidência da Câmara que eclodiu o escândalo que ficou nacionalmente conhecido como “Mensalão do PT”.
Contrariando o desejo de Dilma Rousseff, que declarou preferência pelo maranhense Flávio Dino, atualmente na presidência da Embratur, o PC do B fechou questão no nome de Aldo Rebelo, decisão que foi anunciada à presidente.
Deputado desde 1991, o comunista Aldo Rebelo está em seu sexto mandato na Câmara. Nos últimos dois anos esteve na vitrine política nacional por ser o relator do Código Florestal Brasileiro, cujas decisões contrariaram os ambientalistas, ao mesmo tempo em que agradaram os ruralistas. Mas é preciso reconhecer que ao defender seu relatório, que foi alvo de algumas mudanças resultantes de pressões políticas, Aldo Rebelo foi coerente com o próprio pensamento, mantendo a teoria do “começo, meio e fim”.
Recentemente, Rebelo disputou uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União, mas foi derrotado pela então deputada federal Ana Arraes (PSB-PE), que contou com o apoio incondicional do filho, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco.
Não é a primeira vez que o nome de Aldo Rebelo, sobre o qual não pairam suspeitas e acusações, é lembrado para ocupar um ministério. Seu nome foi cogitado para assumir o Ministério da Defesa, uma vez que goza da simpatia dos militares das três Armas.