Referendo abala a economia mundial e pode forçar a queda do primeiro-ministro grego Georges Papandreous

Hora da verdade – A decisão do primeiro-ministro da Grécia, Georges Papandreous, de submeter a ajuda econômica da União Europeia a uma consulta popular pode custar o cargo ao chefe do governo do país. Reunidos em Cannes, na França, os governantes dos países que fazem parte do G20 devem discutir o assunto, que caiu como verdadeira bomba no projeto de reeleição do presidente Nicolas Sarkozy, anfitrião do encontro.

Por conta do anúncio de Papandreous, divulgado há dias, as bolsas ao redor do planeta experimentaram nas últimas horas um efeito gangorra. Depois de queda por conta da decisão do governo grego, as bolsas registraram alta por causa do encontro do G20, mas voltaram a cair novamente.

As principais economias europeias, Alemanha e França, pressionam a Grécia a aceitar o acordo anunciado recentemente, sob pena de ser excluída do bloco. Se o referendo popular proposto por Georges Papandreous rejeitar a ajuda econômica da União Europeia, em virtude dos cortes de gastos e postos de trabalho na máquina estatal, a Grécia não apenas irá à bancarrota, mas terá companhia de sobra nesse despenhadeiro. A começar por instituições financeiras que apostaram nos títulos da dívida grega, que pode ter germinado a partir das Olimpíadas 2004, em Atenas.