Indicação de membro do TRE do Maranhão passa por esquema ardiloso montado pelo clã Sarney

Receita conhecida – Enquanto o governo de Dilma Vana Rousseff novamente chacoalha por causa de denúncias de corrupção no Ministério do Trabalho, sob o comando do pedetista Carlos Lupi, parte do PMDB continua cuidando dos seus interesses na máquina federal, sempre às custas do suado dinheiro do contribuinte.

Presidente do Senado Federal e chefe do grupo político que há cinco décadas governa o mais miserável estado brasileiro, o senador José Sarney trabalha nos bastidores para reconduzir ao Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão ninguém menos que José Carlos Souza e Silva. Indicado para a vaga pela seccional maranhense da OAB, Souza e Silva até recentemente esteve no comando da polêmica Fundação Sarney, que em função de contabilidade nada ortodoxa acabou estatizada pela governadora Roseana Sarney, filha do caudilho que reina na terra do arroz de cuxá.

Como se não bastasse o escândalo da Fundação Sarney, com direito a desvio de recursos para empresas fantasmas, José Carlos Souza e Silva em passagem anterior no TRE-MA foi o mais improdutivo.

Mas as negociatas na órbita do clã Sarney para proteger os apaniguados do presidente do Senado Federal não param por aí. Na Agência Nacional do Petróleo tem assento na diretoria o maranhense Allan Kardec Duailibe, que vem a ser genro de José Carlos Souza e Silva, advogado que José Sarney quer ver novamente no Tribunal Regional Eleitoral, onde tramita processo contra sua filha e que pode terminar em cassação.

No contraponto, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), está no cargo desde a era Lula da Silva por influência do próprio Sarney. E como se sabe, o Ministério de Minas e Energia tem dos seus tentáculos sobra a área do petróleo. Como o pré-sal é um dos principais itens do atual cardápio do governo da presidente Dilma Rousseff, o que acontece sob as bênçãos de José Sarney não pode ser considerado como reles coincidência.

Se de fato a presidente Dilma Vana Rousseff deseja moralizar o governo federal e promover uma profunda assepsia na máquina pública, deveria começar não endossando o nome de José Carlos Souza e Silva para o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, até porque o estado também faz parte dessa democracia chamada Brasil.