Crise da Europa ainda não cruzou o oceano, mas já interfere no desempenho da economia brasileira

Efeito colateral – Ministro da Fazenda e principal integrante da equipe econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, o petista Guido Mantega continua afirmando que a crise financeira que derruba governantes na Europa não afetará o Brasil de forma impactante.

A crise que preocupa os habitantes do Velho Mundo ainda não singrou as águas do Oceano Atlântico, mas as ondas disparadas na direção do Brasil já fazem estrago na economia verde-loura. Nesta quinta-feira (17), o Banco Central divulgou um dado preocupante. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que mede a economia periodicamente e é considerado pelos profissionais do mercado financeiro como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), registrou crescimento de apenas 0,02% em setembro, de acordo com relatório do BC.

O IBC-Br, que também é analisado trimestralmente, apresentou um cenário que pode ser classificado como desanimador para o terceiro trimestre de 2011. De acordo com o Banco Central, a economia registrou um recuo de 0,32%, o primeiro desde 2009, resultado da crise financeira que vem derrubando diversas economias europeias e colocando os investidores em estado de alerta.

No acumulado do ano, até setembro, o IBC-Br registrou avanço de 3,19%. Nos últimos doze meses, a contar de outubro de 2010, a expansão da economia brasileira foi de 3,65%, acima da previsão feita pelo mercado financeiro para o crescimento do País neste ano (3,16%, de acordo com a última edição do Boletim Focus).