Inflação resiste, inadimplência sobe e crise europeia assusta, mas palacianos permanecem tranquilos

Batendo cabeça – Diferentemente do que afirmam destacados integrantes do governo da presidente Dilma Vana Rousseff, a economia brasileira vive um momento peculiar, se considerarmos que o País é considerado como emergente.

Desde que Dilma assumiu o poder central, em janeiro deste ano, nenhum palaciano ou petista cinco estrelas ousou admitir que a inflação é o item mais macabro do espólio deixado por Luiz Inácio da Silva à sua sucessora. De acordo com levantamento divulgado pela Fundação Getúlio Vargas nesta quinta-feira (17), a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu, na segunda prévia de novembro, em cinco das sete capitais pesquisadas pela instituição.

Tendo como base as sete capitais pesquisadas, o IPC-S saltou para 0,38%, contra 0,34% registrado na pesquisa anterior. De 7 até 15 de novembro, a taxa de inflação na capital paulista, que representa quase 50% do total do IPC-S, saltou de 0,38% para 0,46% no período. As outras capitais em que a inflação apresentou crescimento no intervalo são Porto Alegre (de 0,58% para 0,64%), Salvador (de 0,16% para 0,17%), Belo Horizonte (de 0,48% para 0,52%) e Recife (de 0,35% para 0,46%). As duas capitais que mostraram desaceleração de preços, no mesmo período, são Brasília (de 0,55% para 0,35%) e Rio de Janeiro (de 0,25% para 0,22%).

Enquanto a inflação insiste em não dar trégua, a inadimplência também tem movimento de alta. Como noticiou o ucho.info, no acumulado do ano a inadimplência registra alta de 24%, se comparado com o mesmo período de 2010.

No contraponto, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirma que ainda há margem para a redução da taxa básica de juro, o que pode incentivar o consumo interno e dar fôlego extra à inflação. Por sua vez, os inquilinos Palácio do Planalto, que dormem com um olho aberto na direção da crise econômica que chacoalha a Europa, apostam na retomada do consumo interno para evitar consequências maiores. O primeiro sinal claro que confirma as intenções do governo foi a flexibilização da regras para concessão de crédito ao consumidor.

Em outras palavras, Dilma Rousseff continua se valendo do malabarismo oficial para que não estoure a bolha de virtuosismo que Lula vendeu ao mundo e ao Brasil de forma irresponsável e nada verdadeira.