Ordem unida – O clima é otimista por parte do governo para que a Desvinculação de Receitas da União (DRU) seja votada até as 22 horas desta terça-feira (22), ao contrário do que ocorreu na sessão de votação do primeiro turno da PEC 67/11, prorrogando-a até 2015, que adentrou a madrugada. A DRU aprovada possibilita ao governo gastar 20% dos recursos do orçamento da forma que quiser e onde quiser. Na tarde desta terça-feira o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), afirmou que o processo será mais rápido. “Não há o número de destaques que no primeiro turno das votações”, destacou. A convocação do governo para unir a base aliada é o foco.
Já o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse mais cedo que a sessão do segundo turno da votação não deverá ultrapassar as 22h00. “Já há acordo na base e demonstramos que temos sobrando, não só para a DRU, mas como para outros temas importantes para o nosso governo.”
Entretanto, Vaccarezza tem consciência de que haverá resistência por parte da oposição, não com tanto afinco como no primeiro turno. Desde a semana passada, a oposição adiantou que haveria uma espécie de obstrução branca. “A oposição vai usar todos os recursos para impedir a votação. É um direito deles, mas o governo vai usar a maioria aqui na Casa”, disse otimista.
A pressa do governo em aprovar a DRU, tanto na Câmara quanto no Senado, esse justifica pela aproximação do dia 23 de dezembro, quando oficialmente começa o recesso parlamentar. O projeto poderá ser anexado a outro semelhante já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O governo quer que o projeto seja remetido ao Senado nesta mesma terça-feira (22), para cumprir o prazo regimental com mais agilidade.
A percepção é que, apesar da “resistência” da oposição, mais uma vez, o governo logrará êxito na empreitada em ambas as Casas. Aliás, como aconteceu ao longo da legislatura.
Ë importante salientar que com a prorrogação da DRU até 2015, o palácio do Planalto direcionará 20% do orçamento para obras que rendam dividendos político-eleitorais ao Partido dos Trabalhadores, nas disputas de 2012 e 2014.