Maranhão continua desgovernado e Roseana apela para o despotismo na tentativa de continuar no poder

Impasse continua – Enganou-se quem acreditou que a governadora Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão, tivesse capacidade suficiente para encontrar uma saída para a greve dos policiais militares e bombeiros, que ganharam o apoio de outras categorias e principalmente da população.

Mais pobre dos estados da federação, o Maranhão está há mais de cinco décadas sob o comando de um clã político, chefiado pro José Sarney, que abusa da tirania para defender os interesses dos integrantes do grupo. Sem saber como solucionar a paralisação dos policiais e bombeiros, Roseana tenta empurrar o problema para frente. A governadora informou que só negocia após os grevistas retornarem ao trabalho, mas decidiu continuar de braços cruzados.

Os rebelados, que há dias ocupam a Assembleia Legislativa do Maranhão, recusaram a proposta e já anunciaram que uma eventual invasão do local será respondido a bala. Detentora do gene do despotismo, Roseana Sarney inicialmente pediu ajuda à Força Nacional de Segurança, como forma de conter a onda de violência e criminalidade que se espalhou pelo estado. Diante do insucesso das negociações, a governadora apelou ao Exército, que poderá assumir o comando local, ato jamais protagonizado por um governante após a ditadura militar.

Inspirado na Primavera Árabe, movimento que vem derrubando diversos ditadores do mundo árabe, o blogueiro John Cutrim, em sua página na rede mundial de computadores, lança a “Primavera Maranhense” e sugere que a população saia às ruas e cobre a renúncia imediata de Roseana Sarney. Apegada ao poder, a filha do presidente do Senado Federal pode patrocinar um banho de sangue no estado.