Efeito Lula: brasileiro usará décimo terceiro salário para pagar dívidas atrasadas e recuperar crédito

Prova dos nove – A crise internacional de 2008 ainda não tinha aportado no Brasil quando Luiz Inácio da Silva, então presidente da República, ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros que mantivessem em níveis elevados o consumo interno. O pedido presidencial foi uma forma de minimizar os efeitos da crise, mas os assessores palacianos viraram as constas para as consequências.

À época, os jornalistas do ucho.info alertaram para os perigos do consumismo irresponsável, possível apenas e tão somente pelo crédito fácil. Lula disse que os jornalistas deste site, assim como outros críticos, torciam contra o Brasil, mas considerando que o cidadão tem o sacro direito à informação cumprimos o papel de profissionais da área de comunicação. E o endividamento das famílias brasileiras e a inadimplência atingiram níveis recordes.

Na quarta-feira (30) terminou o prazo para as empresas brasileiras depositarem a primeira parcela do décimo terceiro salário na conta dos empregados (a segunda deve ser paga até 20 dezembro). A estimativa é que sejam despejados na economia R$ 118 bilhões. Desse montante, R$ 35 bilhões serão utilizados para o pagamento de dívidas atrasadas.

De acordo com pesquisa, 59% das famílias brasileiras estão endividadas. Dos entrevistados, dois em cada dez têm dívidas em atraso. De janeiro a outubro deste ano, a inadimplência, registrou crescimento de 22%, em comparação ao mesmo período de 2010. Foi com base no endividamento e na inadimplência que o governo do messiânico Lula da Silva conseguiu despejar 39 milhões de novos consumidores na chamada classe média.