IPCA dispara, empurra a inflação além do teto da meta e mostra que a era Lula foi uma ode à mitomania

Perna curta – Até dezembro de 2011 imperava no Brasil o bordão “nunca antes na história deste país”, adotado por Luiz Inácio da Silva para estocar seus adversários políticos. O que Lula não revelou é que deixaria à sua sucessora, a companheira Dilma Rousseff, uma herança deveras amaldiçoada. A prova maior da peçonha do espólio do ex-metalúrgico está na resistente inflação, que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já superou o teto da meta fixada pelo governo.

Segundo divulgou o órgão nesta quinta-feira (8), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país usada como base para as metas e compromissos do governo, subiu para 0,52% em novembro, após avançar 0,43% no mês anterior. Em novembro de 2010, o índice foi de 0,83%.

Nos últimos doze meses, o IPCA registra alta de 6,64%. No acumulado do ano (janeiro a novembro), o índice é 5,97%. O IPCA em doze meses segue acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central para 2011, que é de 6,5%. A meta de inflação é de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Muito estranhamente, até então não surgiu um petista sequer para criticar com veemência o retorno da inflação. Nos tempos em que engrossava as fileiras da estridente oposição, o PT não poupava esforços para condenar a inflação, que, segundo os representantes da esquerda tupiniquim, comprometia o salário do trabalhador. É aquele velha tese de que não há algo mais direitista do que a esquerda no poder. E PT saudações, ósculos e amplexos.